O ceratocone é uma doença das córneas relativamente frequente em jovens e principal causa de cegueira nesta faixa etária. Trata-se do afinamento corneano progressivo, acompanhado de MIOPIA (na maioria das vezes), astigmatismo irregular e perda do potencial de visão, mesmo com a melhor correção óptica (óculos ou lentes de contato). Geralmente um dos olhos é mais afetado que o outro, mas o problema afeta ambos os olhos.
O ceratocone costuma ser diagnosticado no final da adolescência ou no início da vida adulta e piora, principalmente, até a quarta década de vida (ao redor dos 35 anos). O diagnóstico pode ocorrer já por ocasião de perda importante da visão, quando os óculos já não resolvem bem e são necessárias lentes de contato especiais. Nestas situações, consultar com um oftalmologista treinado e capacitado para tratar o ceratocone faz toda a diferença! A evolução da tecnologia de lentes de contato especialmente desenhadas para pacientes com ceratocone, de forma personalizada, fornecem melhora impressionante da visão em comparação com os óculos. A Dra. Patrícia Gus é responsável pela adaptação de lentes de contato para ceratocones muito avançados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde atende aproximadamente 30 pacientes por semana, juntamente com sua equipe de Residentes de Oftalmologia. Através da adaptação de lentes de contato, os médicos conseguem retardar ou evitar o transplante de córneas em aproximadamente 90% dos pacientes, especialmente se associada a outros tratamentos. Veja bem, alguns cuidados adicionais à melhora da visão com lentes devem ser observados. Precisa-se verificar se o paciente apresenta progressão (piora) da doença, quando estariam indicadas cirurgias como CROSSLINKING ou COLOCAÇÃO DE ANÉIS INTRA-ESTROMAIS. Estes dois procedimentos podem auxiliar a reduzir o ritmo de progressão (piora) da doença, melhorar a visão com óculos e lentes e lentes de contato, ou até parar completamente a evolução. Tudo isto depende da idade do diagnóstico, dos acompanhamentos frequentes e da escolha do melhor profissional ;). Crianças e adolescentes portadores de alergias respiratórias e conjuntivite alérgica, costumam ter ceratocones mais graves. Tratar estas alergias oculares e evitar coçar os olhos são medidas fundamentais. Na maioria das vezes, o ceratocone acontece de forma esporádica, ou seja, ninguém mais na família possui o mesmo problema. Entretanto, pacientes com ceratocone podem ter parentes próximos com a mesma doença em até 25% dos casos, segundo pesquisa realizada pela equipe da Dra Patrícia Gus no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Em outras situações, os familiares podem ter uma forma mais leve e nem saberem, de forma que parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) devem buscar uma avaliação oftalmológica especializada para descartar esta possibilidade. Em outras ocasiões, o ceratocone pode fazer parte de uma síndrome que afeta outros órgãos também, como a Síndrome de Down. A prevalência (frequência) do ceratocone oscila muito (37 a 2300 casos por 100.000 indivíduos), conforme a localização geográfica, o acesso populacional aos meios de saúde, diagnósticos tecnológicos e mais precoces, e dos critérios utilizados. As descrições de maiores prevalências mundiais estão no Oriente Médio e na zona rural da Índia, e isso pode ocorrer pelo clima e/ou consanguinidade encontrados nestes locais. Entretanto, estudos recentes realizados em países nos quais se acreditava que a prevalência fosse de 1 para cada 2.000 indivíduos, evidenciaram que a doença era muito mais frequente, tanto quanto 1,2% entre adultos de 20 anos de idade (na Austrália). Isto mesmo, mais de 1 pessoa a cada 100 nesta faixa etária! Isto é alarmante. O Brasil não possui estatísticas próprias, mas o número de pacientes atendidos em serviços de referência para transplante de córneas, como o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, é impressionante. Especialmente pelo fato dos jovens chegaram em estágios já avançados da doença. O ceratocone ocorre em pessoas muito jovens, que estudam ou trabalham, e podem ficar incapacitadas de realizar suas atividades pela falta de visão. Dez a 20% das pessoas com ceratocone ficam cegas e necessitam de transplante de córneas, uma cirurgia de excelentes resultados, mas que demora aproximadamente um ano para fornecer a melhor visão. Muitos pacientes com ceratocone sofrem de depressão. Mas a diferença na qualidade de vida de uma pessoa com ceratocone e tratamento oftalmológico qualificado e personalizado é incrível! E pode prevenir tanto o transplante de córneas quanto a perda extrema da visão. Se você tem dúvidas sobre o assunto ou gostaria de uma opinião diagnóstica ou terapêutica, venha consultar e conversar comigo! Marque sua consulta pelo telefone 3330.6349 ou pelo Whatsapp 51-95518808 – Av. Carlos Gomes 403/608, bairro Auxiliadora, Porto Alegre.